A Polícia Judiciária (PJ) informa, esta terça-feira, que realizou uma ação no âmbito do combate à cibercriminalidade que visou “um grupo de indivíduos suspeitos da prática dos crimes de abuso de cartão de garantia ou de cartão, dispositivo ou dados de pagamento, burla qualificada, desvio de dados agravado, acesso indevido agravado e branqueamento de capitais”. Cinco pessoas, de nacionalidade portuguesa foram detidas.
No âmbito da operação “Call Center”, como designa a PJ, foram realizadas “sete buscas domiciliárias e duas não domiciliárias, que decorreram no Porto, Paredes, Gondomar, Guimarães, Espinho e Aveiro, no decurso das quais foi apreendido diverso material com interesse probatório”.
Esta operação, refere a PJ, resulta do “desenvolvimento de uma complexa investigação no decurso da qual já se encontram em prisão preventiva, desde outubro passado, três outros arguidos”.
“Os detidos faziam-se passar por colaboradores de instituição financeira de crédito (operações de vishing), telefonavam de seguida às vítimas, que efetivamente acreditavam que era a entidade financeira que as estava a contactar, uma vez que o interlocutor alertava as vítimas para “eventuais operações suspeitas feitas com o seu cartão”, explica a PJ.
Dessa forma, “induziam ardilosamente as vítimas a ceder códigos bancários que viabilizaram a ocorrência de transações ilegítimas de valores muito avultados (na ordem das centenas de milhares de euros) com os dados dos respetivos cartões de crédito da dita instituição financeira”.
Com a informação das vítimas, os agora detidos conseguiam ter “acesso indevido a bases de dados legítimas, a que um dos arguidos acedia no âmbito da sua atividade profissional”.
Os cinco detidos, três homens e duas mulheres, todos de nacionalidade portuguesa, com idades compreendidas entre os 21 e os 36 anos, serão agora presentes a primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.