O líder do PSD considera a escala de António Costa nna Hungria para assistir a um jogo da Liga Europa “muito estranha”. Esta segunda-feira, no âmbito da iniciativa 'Sentir Portugal em ...’, em Palmela, Luís Montenegro mostrou-se admirado com a falta de justificação para a ida a Budapeste e com a demora de 72 horas para dar uma “resposta simples”.
"Creio que se a situação era tão facilmente explicável como o comunicado do Governo aparentemente indicia. Não se percebe porque é que a viagem não esteve no programa oficial. Não se percebe porque é que não se justificou a ida a Budapeste e não se percebe porque é que se tiveram 72 horas para dar uma resposta que é assim tão simples", referiu.
E continuou, sublinhando que seria “absolutamente inaceitável” a utilização de meios de Estado para fins pessoais ou particulares, apesar da nota do Governo dar uma explicação com “um caráter mais oficial”.
Esta segunda-feira, o gabinete do primeiro-ministro divulgou um comunicado, em que afirma que António Costa tinha terminado os "seus compromissos oficiais em Portugal" e, por isso, fez a viagem para a Moldávia mais cedo. É ainda referido que o convite para ver o jogo foi endereçado pelo presidente da UEFA.
"Tendo concluído atempadamente os seus compromissos oficiais em Portugal, e situando-se Budapeste na rota para Chisinau, o primeiro-ministro teve oportunidade de fazer uma escala nessa cidade, correspondendo ao convite que lhe tinha sido endereçado pelo presidente da UEFA para assistir ao jogo da final da Liga Europa", esclarece, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro.
O líder do PSD considera todo o episódio e as explicações prestadas pelo primeiro-ministro estranhas. Referiu ainda que o partido está concentrado na ação política, nos problemas das pessoas que querem melhores salários e não conseguem, que querem pagar as contas e não conseguem.