Mais de 500 pessoas mudaram de género e de nome em 2022. Um aumento de 30% em relação ao ano anterior, segundo os dados agora revelados pelo jornal Público.
Nos últimos 12 anos desde que foi aprovada a Lei da Identidade de Género, mais de 2.300 pessoas transgénero conseguiram oficializar os respetivos documentos de identificação, de acordo com o género com o qual se identificam.
Os dados do Ministério da Justiça mostram que só no ano passado se registaram 519 mudanças de género e de nome em Portugal, ou seja, mais 120 novos registos em relação ao ano anterior, um aumento de 30%.
Contas feitas, mais de cinco centenas de pessoas, um recorde em Portugal e que revela uma subida ano após ano, sobretudo a partir de 2018, desde que foi autorizada a permissão da mudança de género a partir dos 16 anos.
A presidente da ILGA Portugal, Ana Aresta, avisa que os números poderiam ser maiores, se a lei fosse mais inclusiva.
"Infelizmente não há margem de mudança para que pessoas não portuguesas possam recorrer a esta mudança de género, em nome legal no Registo Civil".
De acordo com o Público, até 17 de maio deste ano já terão sido apresentados 193 pedidos ao Registo Civil.