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Mariana Mortágua eleita coordenadora do BE

A moção encabeçada pela deputada, Mariana Mortágua, intitulada "Uma força, muitas lutas" foi a vencedora, com 439 votos.

ANTONIO COTRIM

SIC Notícias

Lusa

Mariana Mortágua é a nova líder do Bloco de Esquerda (BE). Sucede, assim, a Catarina Martins, depois de 11 anos à frente do partido.

Esta reunião magna marca o fim da era de Catarina Martins à frente dos destinos do BE e sábado ficou marcado pelo último discurso da ainda coordenadora, a primeira intervenção de Mariana Mortágua, as críticas à maioria absoluta do PS, as diferenças de posições entre as duas moções em relação à guerra na Ucrânia e o apontar dos críticos internos à falta de democracia do partido.

Mariana Mortágua conseguiu 439 votos

A moção A, de Mariana Mortágua, foi este domingo a mais votada na XIII Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, com 439 votos, enquanto a moção E, de Pedro Soares conseguiu 78 votos.

A lista que a nova coordenadora apresentou à Mesa Nacional conseguiu 67 dos 80 lugares.

As duas moções de orientação apresentadas à XIII Convenção Nacional do BE, que termina este domingo em Lisboa, foram votadas de credencial no ar, após as alegações finais das duas moções.

A moção encabeçada pela deputada e candidata a líder, Mariana Mortágua, intitulada "Uma força, muitas lutas" foi a vencedora, com 439 votos.

Esta moção é subscrita por diferentes nomes da atual direção, incluindo a líder cessante, Catarina Martins, conseguiu eleger 81% dos delegados.

Já a moção E - "Um Bloco plural para uma alternativa de esquerda, um desafio que podemos vencer!" -, promovida pelos críticos da direção, teve 78 votos. Registaram-se ainda 11 abstenções.

Como a contagem dos votos demorou alguns minutos, o dirigente e eurodeputado José Gusmão, que estava a conduzir os trabalhos, foi dando palavras de incentivo para que os delegados mantivessem a credencial no ar e pediu "vigor".

"Precisamos de tonificar o BE para os debates que se avizinham", afirmou.

Na anterior convenção, em 2021, na qual os delegados foram reduzidos para metade devido à pandemia de covid-19, a moção de Catarina Martins obteve 210 votos, num total de 305 votantes.

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