O Partido Socialista chumbou o pedido de ida de António Costa à comissão parlamentar de inquérito à TAP.
A decisão foi tomada logo após o debate de política geral, onde o primeiro-ministro disse que iria fazer o que a comissão de inquérito decidisse.
O Chega, a Iniciativa Liberal e o Bloco de Esquerda queriam que António Costa respondesse por escrito, mas dada a votação, em que o PS votou contra, o pedido foi chumbado.
O PS já esclareceu que este caso extravasa e está fora do objeto desta comissão.
Outros pedidos de audição também chumbados são os do ministro da Administração de interna, diretor do SIS, secretaria geral do SIRP e do secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro que foi tema no debate desta quarta-feira.
As dúvidas permanecem
As declarações do primeiro-ministro à RTP foram contraditórias às de João Galamba na comissão e, dado isso, havia dúvidas sobre o envolvimento de António Costa na noite de 26 de abril no Ministério das Infraestruturas e se tinha ou não conhecimento da autorização dada para a atuação do SIS na recuperação do computador de Frederico Pinheiro.
O líder parlamentar do PSrejeitou contradições entre as declarações de João Galamba e o primeiro-ministrosobre a intervenção do SIS. Eurico Brilhante Dias acusa os partidos de quererem degradar a comissão de inquérito à TAP.
Da mesma forma, criticou, em declarações na Assembleia República, as posições assumidas pelo presidente do PSD, Luís Montenegro, neste caso relativo à ação dos Serviços de Informações e Segurança (SIS), considerando-as "alinhadas com a extrema-direita" e "populistas".