País

Operação Tutti Frutti: PSD promete ser "intransigente com qualquer falha ética ou de legalidade"

O PSD vai aguardar pela conclusão da investigação mas assegura, desde já, que não pactuará "com nenhuma falha do ponto de vista ético ou de legalidade".

Hugo Delgado/Lusa

SIC Notícias

O PSD, pela voz do secretário-geral Hugo Soares, reagiu a uma investigação avançada pela CNN Portugal que dá conta de suspeitas de uma troca de favores entre PS e PSD na Câmara de Lisboa, e que envolve os atuais ministros Duarte Cordeiro e Fernando Medina.

Assumindo que estamos perante um caso “grave”, o PSD considera que é “necessário confirmar alguns factos para retirar consequências políticas, (…) e é preciso saber que condutas são imputadas e a quem".

Mas, desde já, Hugo Soares assegura que o PSD será “intransigente com qualquer falha ética ou de legalidade, fomos no passado e tem sido esta a nossa conduta”

Ainda ontem, no Twitter, o líder do PSD exigiu “que a justiça seja rápida” porque “temos de saber a verdade e tirar consequências”.

"Vamos aguardar serenamente a conclusão da investigação, que deve concluir-se rapidamente. Mas não pactuaremos com nenhuma falha do ponto de vista ético ou de legalidade".

Medina estará a ser investigado por corrupção, prevaricação e abuso de poder, enquanto era presidente da Câmara de Lisboa. Em causa, estará uma troca de favores combinada com o PSD. Já Duarte Cordeiro terá influenciado projetos urbanísticos, nomeadamente o da Torre de Picoas, em Lisboa.

Haverá dezenas de escutas e emails trocados com dirigentes do PSD, entre eles Sérgio Azevedo, antigo vice-presidente do Grupo Parlamentar do social-democrata.

A operação Tutti Frutti remonta a 2016. A investigação começou depois de várias denúncias anónimas relacionadas com a contratação da empresa AmbiGold, que conseguiu contratos para a limpeza e conservação de jardins de três freguesias.

Últimas