O tribunal decidiu agravar um dos crimes aos dois ex-fuzileiros acusados de matar o agente da PSP Fábio Guerra, que morreu em março de 2022, na sequência de agressões numa discoteca em Lisboa.
Passam a estar indiciados de tentativa de homicídio de um outro homem envolvido nas agressões.
À saída do tribunal, o advogado do ex-fuzileiro Vadym Hrynko, José Teixeira da Mota, disse que não tem dúvida de que a pena vai ser aumentada.
Já os famíliares de Fábio Guerra esperam que seja feita justiça. O advogado da família, Adriano Nazaré Barbosa, concorda com um agravamento da pena.
A leitura do acórdão dos ex-fuzileiros acusados da morte de Fábio Guerra foi esta quarta-feira adiada. A nova leitura foi agendada para 29 de maio, às 14:30.
A leitura do acórdão do julgamento chegou a estar prevista para 5 de maio, mas foi adiada devido à morte de um dos pais de um elemento do tribunal. Foi depois agendada para esta quarta-feira, 10 de maio.
Nas alegações finais realizadas no Juízo Central Criminal de Lisboa, o Ministério Público (MP) pediu a condenação dos ex-fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko pelo homicídio qualificado do agente da PSP Fábio Guerra, reforçando que o primeiro seja punido com pelo menos 20 anos de prisão e salientando que "os factos são muito graves".
O agente da PSP Fábio Guerra, de 26 anos, morreu em 21 de março de 2022, no Hospital de São José, em Lisboa, devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões de que foi alvo no exterior da discoteca Mome, em Alcântara, quando se encontrava fora de serviço.