Após um período de intensivas negociações na última semana, a Comboios de Portugal (CP) chegou a um acordo com o Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) que coloca um ponto final no ciclo de greves do setor ferroviário.
O acordo, alcançado com a colaboração do Ministério das Infraestruturas a mediar as conversas, “é fruto de um esforço conjunto entre a administração da CP e o SMAQ, demonstrando a vontade de ambas as partes em resolver o conflito laboral e assegurar a continuidade dos serviços prestados aos passageiros”, refereiu a CP em nota enviada à SIC.
A CP agradeceu ao SMAQ "pela disponibilidade e empenho nas negociações, que permitiram chegar a um entendimento satisfatório para ambas as partes e em prol dos interesses dos trabalhadores e da empresa", garantindo que "está comprometida com o bem-estar dos trabalhadores e a qualidade dos serviços prestados".
A empresa disse que o acordo “vem fortalecer a relação com as organizações representativas dos trabalhadores" e o seu “compromisso com os trabalhadores e a população portuguesa”.
Greve parou comboios em 64 dias em 2023
O Sindicato Nacional dos Maquinistas, que esteve em greve durante todo o mês de abril, acusava a empresa de “desconsideração”.
Entre as reivindicações dos trabalhadores estavam "aumentos salariais efetivos", a "valorização da carreira da tração" e a melhoria das condições de trabalho nas cabines de condução e instalações sociais e das condições de segurança nas linhas e parques de resguardo do material motor.
No dia 21 de abril, 60 comboios de 253 programados, entre as 00:00 e as 08:00, foram suprimidos. Em fevereiro e março, as greves convocadas por vários sindicatos da CP levaram também à supressão de centenas de comboios por dia.
Segundo o Expresso, houve paralisações a afetar o serviço ferroviário em 64 dias de 2023.