O Governo aprovou uma nova medida de apoio às famílias, esta segunda-feira, anunciando o “aumento intercalar de 3,57% das pensões a partir de julho”. No entanto, os pensionistas alegam que o aumento devia ser maior para as reformas mais baixas.
Laurinda e José Maria Silva, um casal com seis filhos, passam por uma série de dificuldades para conseguir arcar com os custos. Com o aumento previsto para julho, a pensão deve aumentar 21 euros.
“Às vezes, para comprar medicamentos ficamos sem comida. Ou para comprar comida ficamos sem medicamentos”, afirma Laurinda.
Laurinda nunca trabalhou para ter tempo de cuidar dos filhos. O único rendimento da família consiste na pensão de José, que tem de pagar “400 euros de renda da casa”.
Num jardim em Lisboa, outros pensionistas mostram-se dececionados com a medida do governo, principalmente com o aumento percentual da pensão igual para todos os reformados até aos 5.700 euros.
“O que é 3.57% para uma pessoa que ganha 300 ou 400 euros, diga-me lá”, sublinha um. “Se eu ganhasse cinco mil, nem queria aumento”, critica outro.
Ainda assim, a Associação de Reformados, Pensionistas e Idosos (APRE) está satisfeita com o anúncio do Governo, sobretudo porque os aumentos vão ser integrados na pensão, e, assim, não há risco de perder dinheiros nos próximos ajustes a partir do ano que vem.