País

Ucrânia: Governo admite divergências de opinião com Brasil, mas não afeta relação com Portugal

Gomes Cravinho considerou que a política externa do Brasil é diferente da de Portugal e que isso não impede a continuação do apoio dado à Ucrânia, nem diminui a grande ligação entre os dois países.

Maria Madalena Freire

SIC Notícias

O ministro dos Negócios Estrangeiros esclareceu esta segunda-feira que as opiniões de política externa do Presidente brasileiro em nada alteram as relações de Portugal com o Brasil, apesar de divergentes, e que a visita de Lula da Silva vai “intensificar” a ligação entre os dois países.

O Governo português disse que as declarações de Lula da Silva não põem em causa a posição de Portugal sobre a guerra na Ucrânia nem as relações entre os dois países.

“Portugal e Brasil são países soberanos que identificam aquilo que é o seu caminho na política externa, a nossa posição não deixa nenhuma margem para ambiguidades, desde o inicio temos uma posição extremamente clara, continuaremos a apoiar a Ucrânia sem qualquer tipo de reserva do ponto de vista político, militar, financeiro, humanitário”, referiu Gomes Cravinho.

Apesar das divergências em matérias de política externa, nomeadamente no que diz respeito à guerra na Ucrânia, o ministro dos Negócios Estrangeiros acredita que isso não interfere com as relações entre Portugal e Brasil e que a visita de Lula da Silva no 25 de Abril - que está a gerar muita controvérsia entre os partidos políticos - vai fortificar as relações.

“Brasil é um país soberano e desenvolve também as suas posições, sabe-se que não são homogéneas com as posições portuguesas, isso não impede minimamente que haja entre Portugal e Brasil uma relação muito forte, de grande proximidade, e uma relação que terá agora com a visita do Presidente Lula uma nova oportunidade de intensificação”, esclareceu o ministro.

O Presidente brasileiro defendeu a semana passada, no final de uma visita à China, que os Estados Unidos devem parar de "encorajar a guerra" na Ucrânia e a União Europeia "começar a falar de paz".

Para Lula da Silva é preciso “dois” para parar a guerra.

Últimas