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Professores fazem queixa à Inspeção-geral de Educação e PGR contra diretores escolares

Os vários sindicatos têm recebido denúncias de "professores que estão a ser ameaçados com faltas injustificadas" e que os diretores escolares estão a aplicar serviços mínimos “ilegais”. Há casos em que os professores estão a ser impedidos de ir a consultas médicas, funerais e reuniões sindicais pelos diretores das escolas.

Mário Nogueira fala aos jornalistas após uma reunião do secretário de Estado da Educação com as 12 estruturas sindicais que representam os professores.
ANTÓNIO PEDRO SANTOS

SIC Notícias

Lusa

Sindicatos de professores vão apresentar queixa na Inspeção-Geral de Educação e na Procuradoria-Geral da República contra diretores escolares, que acusam de aplicar "ilegalmente" serviços mínimos, dando como exemplo docentes impedidos de ir a funerais de familiares.

"É absolutamente inadmissível o que se está a passar nas escolas", afirmou o secretário-geral da Federação Nacional de Professores (Fenprof), Mário Nogueira, dizendo que há diretores de escolas, de norte a sul do pais, que estão a aplicar "serviços mínimos ilegalmente".

Numa conferência de imprensa em que estiveram presentes as nove estruturas sindicais que se uniram numa plataforma, Mário Nogueira revelou que os vários sindicatos têm recebido denuncias de "professores que estão a ser ameaçados com faltas injustificadas" e casos em que "os professores estão a ser transformados em autênticos piquetes de substituição".

"Os serviços mínimos só se podem acionar se forem precisos, mas os diretores estão a impedir os professores de irem a consultas médicas, de irem a funerais de parentes próximos ou de irem a reuniões sindicais", afirmou e exigiu que "o Ministério ponha cobro a estas situações. Exigimos que os senhores diretores respeitem a lei", afirmou Mário Nogueira.

Além de apresentar estes "casos concretos" ao ministério, os sindicatos estão "a enviar as queixas para a Inspeção-Geral de Educação e para a Procuradoria-Geral da República", casos que se poderão traduzir em "processos disciplinares ou processos de averiguação".

"Há situações muito diferentes nas escolas, mas penso que há casos em todas as regiões do país", acrescentou Mário Nogueira.

A plataforma de sindicatos revelou que irá também apresentar uma queixa contra a tutela por ter solicitado serviços mínimos para os dois dias de greve que se realizaram a 2 de março no norte do pais e a 3 de março a sul.

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