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Professores começam nova semana de greve após negociações falhadas

Esta segunda-feira, o distrito em greve é Castelo Branco. No entanto, o protesto estende-se um pouco por todo o país. Os docentes exigem "respeito" e garantem esta a lutar pela escola pública.

Uma manifestante exibe um cartaz onde se lê "Por Um Ensino de Qualidade" durante a protesto dos professores e auxiliares de ação educativa da escola Secundária de Palmela, junto aos Paços do Concelho de Palmela
RUI MINDERICO

SIC Notícias

Os professores prosseguem em greve por distritos, uma vez que as conclusões das reuniões com o Governo não terem agradado à classe. Esta segunda-feira, o protesto acontece no distrito de Castelo Branco. Para as 11:00 está marcada uma concentração na Covilhã.

Na escola básica João Ruiz e na secundária Amato Lusitano, ambas em Castelo Branco, a atividade letiva está totalmente interrompida. Os alunos juntaram-se aos professores para pedir respeito pela profissão.

“A razão principal [do protesto] não se trata dos professores estarem a reivindicar melhores condições salariais. Estamos a lutar pela escola pública, pela sua qualidade”, afirma José Gonçalves, representante do Sindicado dos Professores da Região Centro, afeto à Fenprof.

Os sindicatos acusam o Ministério da Educação de não estar “de boa fé” nas negociações. “Ouvimos o ministro da Educação e também o primeiro-ministro a dizer que estão abertos às negociações, mas, na mesa das negociações, tudo espremido é muito pouco”, acrescenta.

Protestos estendem-se a todo o país

Os protestos continuam também um pouco por todo o país. Os professores dizem ter saído insatisfeitos das reuniões com o ministro da Educação, na semana passada.

Em Gaia, realiza-se, na manhã desta segunda-feira, um protesto em frente à Câmara Municipal. Apesar de existirem 18 agrupamentos no concelho, a adesão é residual.

Os professores sublinham que estão a “lutar pela educação”. Queixam-se dos problemas existentes nas avaliações e na progressão de carreira do pessoal docentes e reclamam o tempo de serviço que lhes foi roubado.

“No mesmo contexto existem aos mil milhões para os bancos e para a TAP. É o momento de pensarmos na educação. Uma sociedade sem educação é uma sociedade sem futuro”, afirma uma das docente na manifestação.

Além das negociações das condições de trabalho, os sindicatos foram também convocados para definir serviços mínimos nas escolas a partir de dia 1 de fevereiro, mas recusaram a proposta. Por isso, já marcaram novo protesto para este sábado.

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