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Portugal reforça presença na Lituânia no âmbito da NATO

Estarão empenhados até cerca de 280 militares portugueses, incluindo 146 fuzileiros, com o objetivo de dissuadir ameaças no flanco leste da Aliança Atlântica.

Lusa

O chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), almirante António Silva Ribeiro, indicou esta sexta-feira que Portugal vai aumentar a presença dos seus militares na Lituânia no âmbito da NATO e continuar a missão na Roménia.

"O que posso dizer é que este ano vamos adicionar ao esforço que começámos em 2022 uma aeronave de patrulha marítima durante dois meses, é uma missão nova, um navio de patrulha, incluindo um destacamento de mergulhadores durante 40 dias na Lituânia, uma célula de inteligência militar que vai ficar na Lituânia durante um ano, é uma nova missão, e uma unidade marítima de operações especiais por quatro meses na Lituânia", afirmou.

O CEMGFA falava aos jornalistas no Reduto Gomes Freire, em Oeiras, numa conferência de imprensa conjunta a propósito da visita oficial a Portugal do presidente do Comité Militar da NATO, Rob Bauer.

De acordo com informação transmitida à agência Lusa pelo CEMGFA, no âmbito da missão com o objetivo de dissuadir ameaças no flanco leste da Aliança Atlântica e garantir uma presença militar contínua, estarão empenhados um total de até cerca de 280 militares portugueses, incluindo 146 fuzileiros.

Falando sempre em inglês, o almirante indicou também na conferência de imprensa que serão enviados para a Lituânia quatro caças F-16M.

De acordo com a informação do CEMGFA, os caças F-16M vão estar naquele país do Báltico durante quatro meses, mais dois comparado com o ano passado, e as Forças Armadas Portuguesas vão participar em missões de policiamento aéreo no âmbito das medidas de tranquilização da NATO com até 85 militares.

Quanto à Roménia, Silva Ribeiro indicou que as Forças Armadas Portuguesas vão manter a sua contribuição e "continuar o esforço de 2022".

"Em 2023 teremos uma companhia de infantaria mecanizada todo o ano na Roménia, uma unidade defesa aérea todo o ano, uma unidade de operações especiais todo o ano e uma célula de inteligência militar também durante todo o ano", afirmou.

Na sequência da invasão da Rússia à Ucrânia, mais de 200 militares dos três ramos das Forças Armadas participam desde abril numa missão de fortalecimento da fronteira leste da NATO.

Portugal vai também enviar mais 14 viaturas blindadas M113 e oito geradores elétricos de grande capacidade para a Ucrânia, elevando "para 532 toneladas o total de equipamento militar, letal e não letal" fornecido ao país, segundo anunciou a ministra da Defesa, esta sexta-feira.

Neste âmbito, o Presidente russo, Vladimir Putin, analisou esta sexta-feira com o seu Conselho de Segurança a situação da intervenção militar na Ucrânia, enquanto a NATO e países do Grupo de Contacto para a Ucrânia discutem a ajuda militar a Kiev.

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