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PSD diz que Medina "não tem condições políticas para continuar no cargo"

A ministra Ana Catarina Mendes considera que o debate de urgência foi pedido para "saber quem ganha na liderança da oposição à direita".

SIC Notícias

No debate de urgência sobre a indemnização na TAP, o PSD acusou o Governo de estar “noutro mundo”. Diz que este escândalo na TAP é de uma imoralidade atroz e acusaram Fernando Medina de ser “incompetente, leviano e irresponsável”. Ana Catarina Mendes, em representação do Governo, sublinhou que este debate serviu apenas para perceber “quem ganha a liderança da oposição à direita”.

“O ministro das Finanças foi incompetente, leviano e irresponsável. Os portugueses questionam: como é que alguém que se comporta desta forma, que atua desta maneira, pode estar à frente do Ministério mais importante da governação e ser responsável por gerir as finanças de Portugal? Não pode”, afirma Joaquim Miranda Sarmento, sublinhando que Fernando Medina “não tem condições políticas para continuar no cargo”.

A resposta da ministra Ana Catarina Mendes foi uma crítica aos partidos da direita: afirma que se trata de um “verdadeiro debate de urgência para saber quem ganha na liderança da oposição à direita deste Parlamento”.

Mariana Mortágua, pelo Bloco de Esquerda, acusa a ministra de estar a “proteger os responsáveis por este escândalo”, com destaque a Fernando Medina.

“Agora vem dizer aqui ‘deixem-nos trabalhar’. Senhora ministra, eu sei que houve outro primeiro-ministro que dizia o mesmo. Chamava-se Cavaco Silva e não era pródigo em dar esclarecimentos ou gostava muito da relação com o Parlamento. Usar a maioria absoluta para impedir o Parlamento de escrutinar o governo não é estabilidade, é abuso de poder”, afirma a deputada.

André Ventura atirou críticas a Pedro Nuno Santos, que, depois da saída do Governo, anunciou também a suspensão de deputado durante 30 dias.

“Há uns meses, o ministro, aí sentado, disse que ele ainda estaria no Governo e eu já não estaria aqui nesta Câmara. E eu tenho muita pena que esse ministro, imbuído da cobardia política, em vez de estar aqui hoje [quarta-feira] e amanhã [quinta-feira], para a moção de censura, tenha pedido suspensão do seu mandato. É a maior cobardia política”, afirma o líder do Chega.

Pela Iniciativa Liberal, Bernardo Blanco afirmou que “nem durante a geringonça houve tanta instabilidade” no Governo. Inês Sousa Real pediu os “esclarecimentos que o país quer saber”, afirmando que “o pior serviço que podem fazer em democracia é remeterem-se ao silêncio”. Rui Tavares afirmou que “o PS deve governar como se não tivesse maioria absoluta”, apelando a que deixasse Medina ser ouvido no Parlamento.

Bruno Dias, deputado do PCP, afirmou que a Assembleia da República “deve ser um local próprio para o debate político dos problemas de fundo que estão na origem desta situação e que se tornaram mais evidentes por causa da nomeação para o Governo da ex-administradora da TAP”.

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