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Administração da TAP e ministro Pedro Nuno Santos "não têm condições para continuar"

Para o líder do Chega, há ainda muitas questões por explicar sobre o caso que envolve Alexandra Reis.

SIC Notícias

Foi dos últimos líderes partidários a comentar a saída de Alexandra Reis do Governo, mas para o líder do Chega a questão não fica esclarecida com o afastamento da secretária de Estado. Apontando para uma tese de “encobrimento”, André Ventura considera que quer o ministro Pedro Nuno Santos, quer a atualmente administração da TAP não têm condições para se manterem nos cargos.

No final de uma visita ao Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, André Ventura assegurou que o partido mantém a intenção de ouvir os responsáveis no Parlamento porque “há coisas que ainda não foram explicadas”.

“Ainda não é claro para ninguém se [Alexandra Reis] se demitiu ou se se foi demitida. ]E é] impressionante que Pedro Nuno Santos ainda não tenho dito nada sobre esta matéria. Foi uma demissão ou uma renúncia, isto tem de ser explicado para percebemos esta indemnização”, afirmou em declarações aos jornalistas.

André Ventura estranha, por exemplo, que tenhamos “uma gestora pública que ou é afastada ou se afasta [de uma empresa pública] mas que um tempo depois vai para outra empresa pública”. Quando assim é, disse, “o que a lei determina é que esse valor [da indemnização] não só é reduzido como tem de ser devolvido”.

Mais. “Se não tinha competência para ser administradora da TAP como tem para ser secretária de Estado?”, deixou no ar a questão, assinalando ainda que a TAP é “uma empresa pública com dificuldades” para pagar estes valores de indemnizações.

Por isso, “o Chega quer saber se houve ou não outros pagamentos destes valores e a que outros gestores, e que papel teve a mulher de Fernando Medina neste processo, isto é uma suspeita objetiva”.

Quanto à de demissão de ministros isso “cabe a António Costa”, vincou o líder do Chega defendo porém que “os ministros João Cravinho e Pedro Nuno Santos mantém-se intocáveis”. Ainda assim, reiterou, o silêncio do ministro das Infraestruturas neste caso é ensurdecedor.

“Os bónus pagos à TAP eram um escândalo, como é que agora ainda não veio dizer que acha um escândalo. O ministro perdeu o chão, a moral e a coerência, honestamente tem poucas condições políticas para se manter como ministro nestas circunstâncias", afirmou.

Ventura como “90% dos portugueses” acha “impossível” que quer Pedro Nuno Santos, quer Fernando Medina não soubessem o que se passava. O que, disse, “é sinal de alguma espécie de encobrimento. Quem estamos a encobrir, não sabemos, mas sabemos quem está a fazê-lo. Podem fugir mas não podem fugir para sempre".

No mesmo sentido, o líder do Chega entende que “a administração da TAP não tem condições para continuar, mentiu ao regulador, ao país, e tentou corrigir a mão”.

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