O primeiro-ministro, António Costa descarta categoricamente uma candidatura a Belém e garante que fica no Governo até 2026. Em entrevista à revista Visão, faz o balanço de nove meses intensos de maioria, desvaloriza polémicas e faz um duro ataque aos partidos da direita. Adianta ainda que o défice deste ano ficará abaixo de 1,5%, menos quatro décimas do que o previsto.
O primeiro-ministro revela que o crescimento económico será no mínimo de 6,7% em 2022, um aumento relativamente às previsões do Governo, que apontavam para 6,5%, e o défice "não ultrapassará seguramente 1,5%, em contraponto com os 1,9% previstos.
António Costa faz o balanço dos últimos nove meses e projeta os próximos quatro anos de Governo, com um recado para a oposição à direita. Garante que o Governo está focado no essencial.
Poupa a esquerda, mas faz um ataque cerrado à direita. A principal arma é a colagem ao Chega. Acusa o PSD de se deixar condicionar e a Iniciativa Liberal de tentar ser o que não é.
Costa considera que, por ter "falta de ideias alternativas" e não se "conseguir confrontar com os resultados", a oposição "encontra outros argumentos falando de 'casos'" e repetindo "'ad nauseam' coisas que não têm relevância para ninguém".
Confessa, pela primeira vez, que houve um caso em particular - o do despacho revogado de Pedro Nuno Santos -, que teve um peso diferente. Detalhes sobre a alegada falha de comunicação remete para o ministro das Infraestruturas.
"Felizmente, foi resolvido em 24 horas e ultrapassado", assinalou.
Sobre o do livro do ex-governador do Banco de Portugal, também não se alonga, mas insiste na tese de ataque político.