Em média, por dia, há pelo menos cinco ambulâncias que demoram mais de uma hora a serem acionadas pelo INEM. A falta de técnicos de emergência pré-hospitalar é apontada pelos sindicatos como a principal causa para o atraso.
Em áreas urbanas, o tempo de resposta deve ser inferior a 15 minutos. Já em áreas rurais, inferior a 30. É o que dizem as normas de boas práticas em trauma da Ordem dos Médicos.
Mas, nos primeiros oito meses do ano, em mais de mil pedidos de ajuda, os meios de socorro demoraram, pelo menos, 1 hora a chegarem às vítimas e em alguns casos chegou às três.
Por dia, há cinco ambulâncias que levam mais de uma hora a serem acionadas pelo INEM.
Em comunicado, a Liga dos Bombeiros Portugueses confirma que "o número de ambulâncias de que a emergência pré-hospitalar dispõe é insuficiente" e mostra-se disponível para que cada corpo de bombeiros tenha uma ambulância de socorro.
75% dos veículos são operados pelos Bombeiros, mas a Liga descarta culpas. Diz ser ao INEM que compete, por lei, a definição e organização das atividades de emergência médica. Responsabiliza também o Governo por não garantir os meios suficientes.
A SIC falou com Rui Lázaro, do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar.