O primeiro-ministro volta a sublinhar que Portugal se encontra em risco máximo de incêndio e que há um problema estrutural por trás de cada fogo. Numa conferência de imprensa, António Costa apela à identificação e registo de propriedades.
Em Vila de Rei, o primeiro-ministro afirma que grande parte da mancha florestal está atualmente abandonada.
"Se quisermos transformar estruturalmente a floresta, é que nós vamos diminuir de uma forma sustentada o risco de incêndio (...) Todas as áreas florestais que estão devidamente tratadas, as áreas ardidas têm uma percentagem ínfima relativamente às áreas florestais que não estão devidamente tratadas", refere o chefe do Executivo.
Numa semana que está marcada pelas elevadas temperaturas em território continental e pelo risco elevado de incêndios, o primeiro-ministro indica que "temos de reintroduzir a riqueza na floresta, para que deixe de ser uma ameaça".
No seu discurso faz alusão ao incêndio de Pedrógão Grande, indicando que "o país finalmente compreendeu que não basta investir na Proteção Civil, não basta investir nos meios aéreos, não basta investir no equipamento dos bombeiros ou de sapadores florestais, não basta investir na prevenção por parte do cidadão".
Esclarece que o investimentos neste setor é essencial, "mas não basta".
"Temos que atacar a causa estrutural, temos que ir à raíz do problema, na necessidade que nós temos de cada uma das pessoas saber do que é proprietário, de todos saberem do que cada um é proprietário", completa.