País

Obras do Metro de Lisboa vão condicionar trânsito na 24 de Julho durante quase dois anos

Na zona da Avenida 24 de Julho, por causa da construção da estação do Metropolitano de Santos.

David Crespo

Lusa

O trânsito na zona da Avenida 24 de Julho, em Lisboa, vai estar sujeito a constrangimentos a partir de quarta-feira e durante 23 meses por causa da construção da estação do Metropolitano de Santos, informou, esta segunda-feira, a empresa.

Em comunicado, o Metropolitano de Lisboa (ML) explicou que deu início a intervenções na zona da Avenida 24 de Julho no âmbito do Plano de Expansão do metro referente ao Lote 2, que envolve a empreitada de projeto e construção dos toscos entre a estação Santos e o término da estação Cais do Sodré, além de acabamentos e sistemas para o prolongamento das linhas Amarela e Verde (Rato/Cais Sodré) para a linha Circular, que contará com as duas novas estações: Estrela e Santos.

“A concretização destas intervenções implicará a introdução de alguns constrangimentos na circulação nas imediações da Avenida 24 de Julho e da Avenida D. Carlos I ao longo dos próximos 23 meses. As alterações na circulação nestas vias serão realizadas faseadamente”, refere a empresa.

Até abril de 2023 vão decorrer desvios na Avenida 24 de Julho

Já a partir de quinta-feira, 13 de julho, e durante nove meses (até abril de 2023) vão decorrer desvios na Avenida 24 de Julho, no troço compreendido entre a Avenida D. Carlos I e a Rua Boqueirão do Duro.

Os veículos que circularem na Avenida 24 de Julho em direção ao Cais do Sodré serão desviados para a Avenida D. Carlos I, Rua D. Luís I e Boqueirão do Duro, retomando a circulação na Avenida 24 de Julho, no mesmo sentido (Cais do Sodré).

Já os veículos que circularem na Avenida 24 de Julho em direção a Alcântara serão desviados para a Rua do Instituto Industrial, Rua da Boavista e Avenida D. Carlos I, retomando a circulação na Avenida 24 de julho.

A necessidade de condicionar lugares de estacionamento

De acordo com o Metropolitano de Lisboa, para que estes desvios de trânsito possam ser viáveis, há necessidade de condicionar lugares de estacionamento nas ruas acima referidas, estando prevista a criação de zonas de estacionamento exclusivas para residentes.

Os desvios de trânsito descritos "não terão impacto na circulação dos elétricos da Carris", frisou o Metropolitano de Lisboa.

Em relação à circulação na ciclovia existente na Avenida 24 de Julho, serão mantidos percursos alternativos devidamente sinalizados que irão contornar as áreas afetas aos trabalhos do metro.

A recomendação do Metropolitano

Na nota, o Metropolitano recomenda que, “sempre que possível”, seja evitada a circulação na zona de influência das obras, devendo utilizar-se “percursos alternativos que não sejam afetados pelos normais constrangimentos dos referidos trabalhos”.

Como percursos alternativos, a empresa sugere o Eixo Alcântara / Santa Apolónia (e vice-versa): Avenida de Ceuta - Avenida Calouste Gulbenkian - Avenida de Berna - Avenida João XXI - Avenida Afonso Costa - Rotunda das Olaias - Avenida Marechal Francisco da Costa Gomes - Praça Paiva Couceiro - Avenida Mouzinho de Albuquerque.

É também sugerido o Eixo Infante Santo / Santa Apolónia (e vice-versa): Avenida Infante Santo - Rua da Estrela - Rua de São Jorge - Avenida Álvares Cabral - Largo do Rato - Rua Alexandre Herculano - Rua do Conde Redondo - Rua Joaquim Bonifácio - Rua Jacinta Marto -Largo de Santa Bárbara - Rua Febo Moniz - Avenida Almirante Reis - Praça do Chile - Rua Morais Soares - Praça Paiva Couceiro - Avenida Mouzinho de Albuquerque.

Já o Eixo Infante Santo / Cais Sodré (e vice-versa) compreende a Avenida Infante Santo - Estrela - Calçada da Estrela - Rua Poiais de São Bento - Calçada do Combro - Largo Luís de Camões - Rua do Alecrim - Cais do Sodré.

Inauguração prevista em 2024

Prevista inaugurar em 2024, a linha Circular, que vai ligar a estação do Rato ao Cais do Sodré, numa extensão de mais dois quilómetros de rede, irá criar um novo anel circular no centro de Lisboa, e interfaces que conjugam e integram vários modos de transporte.

Segundo o Metropolitano de Lisboa, estima-se um impacto de procura, no primeiro ano desta linha Circular, “de nove milhões de novos passageiros na linha Circular e de 5,3% em toda a rede”, prevendo-se que este novo anel no centro da cidade “vai retirar da superfície 2,6 milhões de veículos de transporte individual por ano”.

A expansão da linha Circular tem um investimento total previsto de 240,2 milhões de euros, cofinanciado em 137,2 milhões de euros pelo Fundo Ambiental e em 103 milhões de euros pelo Fundo de Coesão, através do POSEUR - Programa Operacional de Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos.

“Conscientes que as intervenções ocorrerão numa zona de grande densidade de tráfego, lamentamos, desde já, os transtornos que estes condicionamentos e desvios de trânsito possam vir a causar nas rotinas diárias da população em geral”, pode ler-se ainda na nota do Metropolitano.

Últimas