A decorrer ao mesmo tempo que mais duas cimeiras – a da NATO e a do G7 – a conferência dos oceanos acaba por ficar em segundo plano para os principais líderes internacionais. Quem acompanha o tema, reconhece que a guerra na Ucrânia tem sido um entrave, mas espera que saia desta cimeira uma maior destaque para um dos maiores recursos do planeta.
Subfinanciado, subestimado, desprezado. São algumas das palavras usadas na conferência dos oceanos, para descrever um recurso capaz de criar energia, comida e combater a pobreza.
Dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável, a conservação e preservação dos oceanos tem sempre ocupado um lugar secundário. Dos 140 países representados em Lisboa, apenas 25 enviaram Chefes de Estado ou de Governo. A declaração final foi negociada nos últimos dois anos.
De Portugal, mais do que compromissos globais, espera-se um grito de alerta à sociedade civil. As conclusões desta conferência seguem para a conferência do clima, que será no Egito.
Especial Conferência dos Oceanos
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