A Fundação Calouste Gulbenkian quer atrair investimento das empresas para nove zonas costeiras de Portugal que são autênticos sumidouros de dióxido de carbono. Além de preservarem a biodiversidade, os sapais e as pradarias marinhas são capazes de retirar oito a 30 vezes mais emissões da atmosfera do que as florestas terrestres.
O carbono azul está retido por vários metros de profundidade. Nos mais de 5 mil hectares de sapais e pradarias da Ria, os investigadores estimam que estejam armazenas quase 1,5 milhões de toneladas de carbono. A cada ano somam-se mais 8 mil. O equivalente às emissões anuais de 7 mil carros.
Perdeu-se metade destes ecossistemas nos últimos 30 anos, com impactos que só agora se começam a perceber.
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