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Covid-19: rastreamento dos contactos de risco a falhar em mais de um terço dos infetados

Especialistas alertam para o problema e apelam ao reforço dos meios.

DENIS BALIBOUSE

SIC Notícias

O rastreamento dos contactos de risco está a falhar em mais de um terço dos infetados com o coronavírus. Os dados fazem parte do último relatório de monitorização das linhas vermelhas.

Numa semana, apenas em 58% dos casos os contactos foram rastreados e isolados em 24 horas.

O Jornal de Notícias diz que as dificuldades no rastreamento devido à falta de profissionais vão agravar-se nos próximos dias.

Mesmo que haja um reforço, deverá ser insuficiente para responder em tempo útil a todos os novos casos.

Vários especialistas já alertaram para o problema e apelaram ao reforço dos meios ou a uma mudança na estratégia.

RICARDO MEXIA DIZ QUE HÁ FALTA DE MEIOS PARA FAZER O RASTREIO DE CONTACTOS

Ricardo Mexia, presidente da Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, alerta para a necessidade de reforçar os meios para fazer o rastreio de contactos de risco devido à covid-19.

Diz que, "neste momento", com os recursos que estão no terreno, não é possível fazer face às necessidades do rastreio de contactos: "Não é humanamente possível".

Militares reforçam rastreio de contactos e realização inquéritos epidemiológicos

As Forças Armadas vão reforçar os meios das Administrações Regionais de Saúde ((ARS) do Norte e Lisboa e Vale do Tejo para dar resposta às atuais necessidades de rastreio de contactos com casos positivos de covid-19 e de realização de inquéritos epidemiológicos.

O pedido de reforço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) foi solicitado no dia 24 e o Estado-Maior-General das Forças Armadas adiantou à SIC Notícias que vão iniciar funções nos próximos dias mais quatro equipas, cada uma delas constituída por 15 militares, duas para o Norte e outras duas para Lisboa e Vale do Tejo.

Desde novembro de 2020 que as Forças Armadas estão a apoiar o SNS no rastreio e inquéritos epidemiológicos e desde março deste ano no agendamento de vacinas.

Neste momento estão no terreno 18 equipas, com 270 militares, a dar apoio nas ARS do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo, e às Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.

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