A ministra da Saúde é ouvida hoje no Parlamento sobre a situação do Centro Hospitalar de Setúbal.
No mês passado, 87 médicos pediram a demissão alegando falta de condições. Falam numa situação de rutura nomeadamente nos serviços de urgência, nos blocos operatórios, na oncologia, na maternidade e na anestesia.
Para tentar minimizar o problema, o Governo anunciou a autorização para contratar sete especialistas. Um investimento de 17,2 milhões de euros foi traçado para ampliação das instalações, mas os médicos demissionários ainda não foram ouvidos.
Os funcionários alertam para a falta de atrativos para os médicos se fizerem na cidade e preencherem as vagas em falta.
Uma das situações mais críticas passa pela dificuldade em recuperar as cirurgias por falta de anestesistas.
Entre os médicos demissionários estão diretores de serviço e departamentos, coordenadores de unidade e comissões, chefes de equipa de urgência e a restante direção clínica.
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