País

Ventura questiona confiança na diretora-geral de Saúde

Questão levantada no debate quinzenal.

JOSÉ SENA GOULÃO

Lusa

O deputado único do Chega, André Ventura, questionou esta quarta-feira o primeiro-ministro sobre a manutenção da confiança na diretora-geral de Saúde, e António Costa respondeu que "a meio da batalha, não se mudam os generais".

"Em janeiro, a Organização Mundial de Saúde disse que íamos ter um pandemia e que íamos ter uma situação preocupante e a sua diretora-geral de Saúde respondeu assim: 'é excessivo, não vale a pena especular sobre isso, é muito reduzida a possibilidade de uma epidemia global'. Foi dito pela sua diretora-geral de Saúde", defendeu André Ventura.

No debate quinzenal com o primeiro-ministro no parlamento, o deputado único do Chega perguntou se António Costa mantinha a confiança na diretora-geral de Saúde, Graça Freitas.

"Não se trata da minha diretora-geral de Saúde, mas a diretora-geral de Saúde da República Portuguesa. De facto, estamos a viver uma epidemia e um risco de uma pandemia e há uma coisa que é certa: no meio da batalha não se mudam os generais. Travam-se as batalhas, vencem-se as batalhas, e é isso que faremos, com a senhora diretora-geral de Saúde", respondeu o primeiro-ministro.

Costa fez telefonema para despedir jornalista?

André Ventura questionou ainda António Costa sobre uma jornalista que acusou o chefe do Governo "de ter feito telefonemas para a despedir e disse até que já aconteceu várias vezes, e que aconteceu não como primeiro-ministro, mas como ministro".

"É ou não verdade que ligou para redações ou para esta redação para despedir esta jornalista, a jornalista Ana Leal?", perguntou André Ventura.

António Costa respondeu quase soletrando as palavras:

"É mentira".

Sobre um artigo do ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates, em que o antigo governante argumentou contra a localização de um novo aeroporto no Montijo, com que foi igualmente confrontado por Ventura, Costa disse respeitar a liberdade de opinião.

"Não só não telefonei a pedir despedimentos de jornalistas como respeito a liberdade de opinião, mesmo daqueles que foram os meus antecessores", declarou.

Veja mais:

Últimas