País

Ministro da Segurança Social promete esclarecer polémica da associação Raríssimas

Vieira da Silva faz esta tarde uma conferência de imprensa para esclarecer as dúvidas que tem suscitado o papel do Ministério da Segurança Social no caso da associação Raríssimas. Uma reportagem da TVI denunciou o uso abusivo de verbas atribuídas à instituição, por parte da diretora Paula Brito da Costa.

O Presidente da República já reagiu ao caso de alegado uso indevido de verbas atribuídas à Casa dos Marcos, uma associação nacional de doenças mentais e raras. Marcelo Rebelo de Sousa, que visitou a organização no Carnaval, diz que o Governo fez bem em agir depressa porque é preciso apurar responsabilidades.

O ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, anunciou que dará todos os esclarecimentos possíveis numa conferência de imprensa agendada para a tarde desta segunda-feira.

Um dos ex-tesoureiros da Raríssimas alega na reportagem que terá pedido a intervenção do Ministério e que a Segurança Social já teria conhecimento desde setembro das irregularidades nas contas da associação solidária.

Contactada pela SIC, a Casa dos Marcos remeteu esclarecimentos para Salvador da Cunha, que aparece na reportagem assinada por Ana Leal, da TVI, como assessor de imprensa da instituição.

Em resposta ao pedido da SIC, Salvador da Cunha adianta que a empresa que representa trabalhou sempre Pro Bono para a Casa dos Marcos no passado e que, recentemente, voltou a fazê-lo apenas para o contacto com a reportagem da TVI e que a colaboração com a instituição terminou com a resolução da reportagem.

Na reportagem, refere-se também que o atual secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, foi consultor da instituição entre abril de 2013 e dezembro de 2014.

Em comunicado, Delgado garante que "em nenhuma circunstância a colaboração com a Raríssimas envolveu o conhecimento ou participação na análise ou nas decisões referentes ao financiamento e à gestão corrente" e desde que tomou posse não teve "qualquer tipo de intervenção nas relações entre a referida Associação e o Estado".

Alegadamente e, segundo a reportagem da TVI, a diretora da Casa dos Marcos, Paula Brito da Costa, terá pagado uma série de despesas pessoais com dinheiro destinado a associação de doenças mentais e raras.

A associação recebia mais de um milhão e meio de euros em fundos, sendo que cerca de metade em forma de subsídios do Estado.

Paula Brito da Costa receberia um salário base de três mil euros, a que juntaria outras despesas, como as de deslocação, que no final do mês somariam um total de 6.500 euros.

Últimas