Marcelo Rebelo de Sousa procedeu a esta condecoração no encerramento da cerimónia de entrega do Prémio António Champalimaud de Visão, no valor de um milhão de euros, que este ano foi atribuído às instituições internacionais Sightsavers e CBM pelo trabalho contra a cegueira e doenças oculares em países mais pobres.
"O que conta é o reconhecimento objetivo do Presidente da República a quem pôs de pé e materializou uma instituição marcante para a nossa afirmação cá dentro e lá fora num domínio crucial para a humanidade neste desafiante século XXI. Esse mérito cívico deve ser sublinhado e traduz-se na projeção de Portugal no mundo, através de milhares de portugueses e não portugueses que investigam, aplicam e, sobretudo, beneficiam deste imenso esforço coletivo", declarou Marcelo Rebelo de Sousa, justificando a condecoração à antiga ministra social-democrata.
Um ato do Presidente da República presenciado pelo primeiro-ministro, António Costa, pelo antigo chefe de Estado António Ramalho Eanes, e pelos líderes do PSD e CDS-PP, respetivamente Pedro Passos Coelho e Assunção Cristas, entre outras individualidades.
Na sua intervenção, o chefe de Estado referiu que, no ano passado, na mesma cerimónia, evocou "sem complexos" o papel histórico figura do empresário e financeiro António Champalimaud. "Este ano saúdo a presidente da Fundação Champalimaud, sem a qual não poderia ter correspondido à ambição do seu idealizador", disse.
Marcelo Rebelo de Sousa fez nesse contexto uma referência à sua já longa amizade com Leonor Beleza, dizendo que a conhece "há mais décadas do que a democracia portuguesa".
"Admiro as suas invulgares qualidades de caráter, de inteligência, personalidade, determinação, dimensão comunitária e sentido nacional", acrescentou.
Lusa