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Cerca de 9 mil cirurgias e mais de 180 mil consultas em risco

Os sindicatos dos médicos fazem hoje um apelo a António Costa para uma solução no conflito com o Ministério da Saúde. Amanhã e quinta-feira há greve, a que se junta a tolerância de ponto na sexta. Mais de 180 mil consultas serão adiadas, segundo o Jornal de Notícias.

Francisco Seco

Os números são avançados na edição de hoje do Jornal de Notícias: prevê-se que 8600 cirurgias e 182 mil consultas sejam canceladas na sequência da greve dos médicos, marcada para amanhã e quinta-feira, e da tolerância de ponto decretada para sexta-feira.

Na véspera da paralisação, os sindicatos médicos esperam uma forte adesão e dizem que já não há espaço para voltar atrás. Ainda assim apelam à intervenção de António Costa para negociar uma solução e evitar o agravamento do conflito entre sindicatos e ministério da saúde.

Os sindicatos entregam hoje uma carta aberta ao primeiro-ministro. O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) querem uma "intervenção política do primeiro-ministro, de modo a ser encontrada urgentemente uma solução que impeça o agravamento crescente do processo de luta em desenvolvimento"

Os médicos querem encontrar uma solução urgente para que possa impedir o agravamento do processo de luta. E exigem respostas concretas do Governo à redução do número máximo de horas de urgências, a reposição integral do pagamento das horas extraordinárias e a redução do número de utentes por médico de família.

A greve dos médicos está marcada para a véspera da visita do Papa Francisco ao Santuário de Fátima, numa altura em que há um reforço de segurança e da disponibilidade de hospitais e médicos.

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