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Portugal tem quatro projetos finalistas ao Prémio Europeu Mies van der Rohe 2017

Portugal tem quatro projetos finalistas ao Prémio de Arquitetura Contemporânea da União Europeia Mies van der Rohe 2017, anunciou esta segunda-feira a Comissão Europeia, que divulgou a lista dos 40 selecionados, provenientes de 17 países.

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O prémio, no valor de 60 mil euros, instituído em 1987 pela Comissão Europeia e pela Fundação Mies van der Rohe, com sede em Barcelona, é considerado um dos galardões de maior prestígio na área da arquitetura.

Os quatro projetos finalistas construídos em Portugal são os seguintes: Casa em Oeiras, do ateliê Pedro Domingos Arquitetos, o Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa, pelo ateliê britânico AL_A - Amanda Levete, a Sede da EDP em Lisboa, pelo ateliê Aires Mateus, e o Museu de Arte Contemporânea Nadir Afonso, em Chaves, por Álvaro Siza Vieira.

Quando a primeira lista de projetos nomeados para o prémio foi anunciada pela Comissão Europeia, em dezembro do ano passado, Portugal tinha 13 projetos entre os 356 selecionados, provenientes de 36 países. A lista vai ser ainda reduzida a cinco finalistas ao galardão, cujos vencedores serão conhecidos a 26 de maio, no Pavilhão Mies van der Rohe, em Barcelona.

O júri que selecionou os 40 finalistas foi presidido pelo arquiteto britânico Stephen Bates (Sergison Bates architects, London-Zurich), pelo arquiteto português Gonçalo Byrne (Gonçalo Byrne Arquitetos), o arquiteto britânico Peter Cachola Schmal (diretor do Deutsches Architekturmuseum, museu alemão de arquitetura, em Frankfurt), o arquiteto turco Pelin Dervis, investigador, editor e curador independente, a arquiteta francesa Dominique Jakob (Jakob+MacFarlane), a socióloga finlandesa Juulia Kauste, (diretora do Suomen Arkkitehtuurimuseo, museu finlandês de arquitetura, em Helsínquia), e a historiadora de arte polaca Malgorzata Omilanowska (professora na Universidade de Gdansk).

Os projetos que estavam na primeira lista de nomeados em Portugal eram: a Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo (Inês Lobo Arquitetos), as Casas de Campo no Trebilhadouro, Vale de Cambra (André Eduardo Tavares Arquiteto), o Camping de Abrantes (Ateliê Rua), o Centro Social e Cultural Costa Nova, na Gafanha da Encarnação (ARX Portugal Arquitetos), o Mercado Municipal de Abrantes (ARX Portugal Arquitetos), a Escola Secundária Luís de Freitas Branco, em Oeiras (Célia Gomes + Pedro Machado Costa).

Estavam igualmente nomeados o projeto do Instituto de Inovação e Investigação em Saúde - I3S, no Porto (Serôdio Furtado & Associados), o Solar da Porta dos Figos, em Lamego (Norvia - Consultores de Engenharia SA), e o Museu Municipal Abade Pedrosa, em Santo Tirso (Álvaro Siza + Souto de Moura).

Globalmente, os selecionados apresentaram propostas das áreas da habitação, cultura, escritórios, desporto, comércio, edifícios governamentais, transporte e tipologias urbanas.

O Prémio Mies van der Rohe é bienal, e distingue projetos de arquitetura construídos nos dois anos que precedem a sua atribuição. Entrega igualmente um prémio de 20 mil euros a arquitetos no início de carreira.

Entre os vencedores anteriores estão o centro de congressos Harpa, em Reykjavik, na Islândia (Peer Henning Larsen Architects/Teglgaard Jeppesen, Osbjørn Jacobsen, Studio Olafur Eliasson/Olafur Eliasson, Batteríid architects/Sigurður Einarsson ) e o Neues Museum (Novo Museu), em Berlim (David Chipperfield Architects/Julian Harrap).O projeto do arquiteto português Álvaro Siza Vieira para o antigo Banco Borges e Irmão, em Vila do Conde, foi o distinguido na primeira edição do prémio, em 1988.

Lusa

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