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Vitor Bento "vai fazer falta" no Conselho de Estado, refere Jardim

O líder do Governo Regional da Madeira disse esta terça-feira que Vitor Bento, escolhido para presidir ao Novo Banco e que renunciou ao lugar no Conselho de Estado, "vai fazer falta" a este órgão de consulta do Presidente.

O presidente do Novo Banco, Vítor Bento, renunciou há três semanas ao lugar que tinha no Conselho de Estado, altura em que foi escolhido para liderar o BES, substituindo o líder histórico do banco, Ricardo Salgado. (Arquivo)
MARIO CRUZ

Segundo Alberto João Jardim, Vítor Bento "faz falta ao Conselho de Estado,  porque era das pessoas ouvidas com maior atenção quando se tratava de questões  económicas e financeiras". 

O presidente do Novo Banco, Vítor Bento, renunciou há três semanas ao lugar que tinha no Conselho de Estado, altura em que foi escolhido para liderar o BES, substituindo o líder histórico do banco, Ricardo Salgado.

De acordo com uma declaração hoje publicada em Diário da República,  Vítor Bento renunciou a 14 de julho "ao mandato no Conselho de Estado, para  que havia sido designado por Decreto do Presidente da República n.o 38/2011,  de 29 de março". 

Vítor Bento era membro do Conselho de Estado, o órgão político de consulta  do Presidente da República, Cavaco Silva, desde julho de 2009, altura em  que o chefe de Estado o nomeou conselheiro de Estado para ocupar o lugar  deixado vago após a renúncia de Dias Loureiro. 

Posteriormente, em março de 2011, Vítor Bento, então presidente do Conselho  de Administração da SIBS, foi novamente indicado pelo chefe de Estado como  membro do Conselho de Estado. 

Além de Vítor Bento, neste segundo mandato em Belém, o Presidente da  República tinha designado como conselheiros de Estado João Lobo Antunes,  Marcelo Rebelo de Sousa, Leonor Beleza e Bagão Félix. 

Falando aos jornalistas após a reunião da comissão política regional  do PSD/Madeira, a última antes do período de férias, Jardim opinou que a  atual situação do BES "é apenas a ponta do icebergue deste regime político  que precisa ser rapidamente mudado". 

"Esta é uma questão de cidadania, mudar o regime político", sublinhou  o líder madeirense. 

Quando instado a comentar a situação do BES, Jardim declarou: "Não sou  depositante do BES, não sou acionista do BES e o BES é uma ponta de um iceberg  num regime político que tem cúmplices aqui na Madeira, desde a extrema-esquerda  à extrema-direita, mas que eu fiz sempre oposição e denunciei." 

O BES, tal como era conhecido, acabou este fim de semana depois de o  Banco de Portugal (BdP) ter anunciado a sua separação num 'banco bom', denominado  Novo Banco, e num 'banco mau' ('bad bank'). 

O Novo Banco fica com os ativos bons que pertenciam ao BES, como depósitos  e créditos bons, e recebe uma capitalização de 4.900 milhões de euros enquanto  o 'bad bank' ficará com os ativos tóxicos.

Lusa

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