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Fenprof reúne professores para preparar estratégia do próximo ano

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) reúne hoje, em Lisboa, centenas de docentes para preparar um ano que antevê de luta e resistência a políticas que considera agressões à escola pública e aos seus profissionais.

(Lusa/Arquivo)
LUSA

No encontro nacional, a realizar sob o lema "O Direito a Ser Professor",  será feito o balanço do ano letivo terminado e debatida a estratégia para  o próximo (2014-2015), disse à agência Lusa o secretário-geral da Fenprof,  Mário Nogueira. 

A federação quer reunir consensos e convergências com todas as organizações  representativas dos professores e exigir compromissos dos partidos políticos  para a educação, tendo em conta que 2015 é ano de eleições (legislativas).

"Prevê-se um ano muito complicado, possivelmente com greves e um grande  trabalho de resistência", avançou Mário Nogueira. 

O encontro deverá reunir entre 700 a 800 participantes, sendo no final  aprovada uma moção que levará os presentes a desfilar até ao Ministério  da Edução, para entregar o documento, como já é habitual. 

De acordo com Mário Nogueira, o ano letivo que agora terminou ficou  marcado por problemas que nunca foram solucionados, como a falta de apoio  a muitas crianças com Necessidades Educativas Especiais, falta de pessoal  auxiliar e constituição de novos grandes agrupamentos escolares que "dificultaram  o trabalho pedagógico".  

Para o próximo ano, Mário Nogueira teme as consequências da aplicação  efetiva da mobilidade especial aos professores: "Se até ao final do primeiro  período os professores não tiverem turmas atribuídas, em janeiro transitam  para a mobilidade especial e terão um corte de 40 por cento no salário".

Os professores temem também o chamado processo de municipalização do  ensino ou eventual aplicação do cheque-ensino no setor privado e a extinção  das grelhas profissionais dos docentes para serem integradas numa tabela  única da Função Única

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