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MP pede penas de prisão efetiva para Vara, José e Paulo Penedos e Manuel Godinho

O Ministério Público (MP) pediu hoje penas de  prisão efetivas para os arguidos do processo Face Oculta Armando Vara , Paulo Penedos, José Penedos e uma pena não inferior a 16 anos de prisão para Manuel Godinho, o principal arguido no caso. 

(Lusa/Arquivo)
PAULO NOVAIS

O procurador da República Marques Vidal pediu penas de prisão efetivas para 16 arguidos e penas de prisão suspensas para outros 18 arguidos. 

No terceiro dia de alegações finais, no tribunal de Aveiro, o procurador  da República Marques Vidal pediu uma pena única de prisão "não inferior a 16 anos" para o sucateiro Manuel Godinho, acusado de 60 crimes de associação  criminosa, corrupção, tráfico de influência, furto qualificado, burla, falsificação  e perturbação de arrematação pública. 

O procurador do MP pediu ainda a condenação com penas efetivas para  o antigo ministro Armando Vara, acusado de três crimes de tráfico de influência,  e para o ex-presidente da REN (Redes Energéticas Nacionais), José Penedos,  acusado de dois crimes de corrupção e dois de participação económica em  negócio. 

Apenas no caso de Manuel Godinho, o procurador indicou a medida concreta  de pena que, no entender do MP, deverá ser aplicada pelo coletivo de juízes.

"O MP não deve pedir penas concretas, mas a pena limite, deixando para  aos juízes essas decisões", disse Marques Vidal. 

No total, o MP pediu penas de prisão efetivas para 16 dos 34 arguidos,  incluindo Paulo Penedos, filho de José Penedos, que está acusado de um crime  de tráfico de influência. 

Aos restantes arguidos, o MP admitiu a aplicação de penas suspensas.

Para o arguido Namércio Cunha, ex-braço direito de Manuel Godinho, o  procurador pediu uma pena suspensa, face ao seu contributo para a descoberta  da verdade. 

Após as alegações do MP, o advogado Lopo Cancella de Abreu, mandatário  da Petrogal, começou a alegar, seguindo-se as alegações da assistente Refer.

O processo "Face Oculta" está relacionado com uma alegada rede de corrupção  que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro  Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado  e privadas. 

      Com Lusa

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