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Relatório sobre os incêndios no Algarve em julho aponta falta de meios e falhas do comando

O relatório independente sobre os incêndios  de julho no Algarve concluiu que houve falta de meios de combate e de aceiros,  bem como falhas do comando na percepção da localização do fogo e na previsão  da evolução das chamas. 

A informação foi prestada à agência Lusa pelo autor do documento, o  investigador Domingos Xavier Viegas, responsável pelo Centro de Estudos  sobre Incêndios Florestais da Lousã.  

A avaliação, elaborada a pedido do ministro da tutela, Miguel Macedo,  foi hoje, ao final da tarde, entregue no Ministério da Administração Interna,  em Lisboa.  À agência Lusa, o investigador referiu que a insuficiência de meios  de combate - bombeiros e viaturas - associada à ocorrência simultânea de  vários focos de incêndio contribuiu para o alastramento das chamas. 

Domingos Xavier Viegas apontou ainda avarias nos aviões, falta de aceiros,  dificuldade de perceção do sistema de comando da localização do fogo e falha  na previsão da sua evolução. 

Entre as várias recomendações propostas, Domingos Xavier Viegas destacou  o uso de ferramentas de suporte para avaliar o comportamento do fogo e a  preparação das populações para se precaverem das chamas, nomeadamente através  de formação e equipamentos. 

Os incêndios que atingiram a Serra do Caldeirão, entre Tavira e São  Brás de Alportel, de 18 a 21 de julho, queimaram uma área aproximada de  24 mil hectares, sobretudo espaços florestais, de acordo com a Autoridade  Nacional da Proteção Civil (ANPC).  

O relatório independente foi pedido em agosto pelo ministro da Administração  Interna, Miguel Macedo, que alegou que a avaliação da ANPC não apresentava  "recomendações, nem eventuais medidas corretivas a adotar em ocorrências  similares".  

 

     

 

Lusa

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