O projeto CETI, uma iniciativa internacional cujo objetivo é estudar a comunicação acústica dos cachalotes através das novas inteligências, testou um novo método que promete ser menos invasivo e mais rápido que as técnicas internacionais.
A abordagem “tap and go” utiliza drones que conseguem em menos de um minuto e meio colocar uma marca de sucção e assim recolher dados sobre o comportamento dos animais, incluindo a bioacústica e a profundidade do mergulho.
Ao contrário da marcação convencional com varas, que obriga os barcos a aproximarem-se, este método alternativo como utiliza drones pode ser feito à distância, reduzindo potenciais perturbações.
“A abordagem de marcação com um drone “tap and go” é uma nova forma de colocar basicamente um pequeno computador nas costas de uma baleia. Utilizamos óculos FPV e um piloto de drone experiente, e a marca é gentilmente colocada nas costas da baleia e, em seguida, o drone parte”, diz David Gruber, fundador e presidente do projeto CETI à agência Reuters.
O método foi testado em cachalotes ao largo da ilha Dominica das Caraíbas e teve uma taxa de sucesso de 55% que se deve, diz Zahrek Gonzalez-Peltier, piloto de drone da CET, a vários fatores.
“Em primeiro lugar, à presença de água ao longo do dorso do animal, o que cria um vácuo inadequado para as nossas etiquetas muito delicadas para baleias. Em segundo lugar, por vezes, se o drone subir, mas considerarmos que não é seguro colocar a etiqueta nesse momento, não o faremos. Assim, o drone será chamado de volta”.
Este método traz novas possibilidades ao estudo de cachalotes. O estudo foi realizado por investigadores da Universidade de Harvard em conjunto com o Projeto CETI.