Uma nova aplicação de Inteligência Artificial (IA)permite aos visitantes de museus "falar diretamente " com obras de arte. O AskMona, um dos destaques da cimeira global de IA no Grand Palais, em Paris, promete tornar a visita aos museus mais interativa.
Tudo começa através de um código QR. Um dos exemplos dado na cimeira foi a possibilidade de perguntar à Mona Lisa por que não tem sobrancelhas. A resposta, baseada em informações históricas, refere que a prática de remoção de pelos faciais era comum entre a alta sociedade do século XVI, o que poderá explicar a escolha de Leonardo da Vinci.
Valentin Schmite, cofundador e diretor-geral do AskMona, contou, segundo a agência Reuters, que a inspiração veio do universo de Harry Potter, onde as personagens podem interagir com pinturas.
"Desde 2016, trabalhámos para tornar esta ideia possível através da IA. Agora, é uma realidade", afirmou Schmite durante a demonstração na cimeira.
O AskMona permite aos museus recolherem dados valiosos sobre os interesses dos visitantes.
Schmite reforçou que a IA está a transformar profundamente a forma como interagimos com conteúdos artísticos e culturais e que esta é uma “moda que veio para ficar".
Quanto às preocupações sobre a substituição de trabalhadores, o cofundador garantiu que a IA está a colaborar com guias e especialistas para enriquecer a experiência dos visitantes não para substituir funções humanas.
O conceito também foi materializado em "smartmagnets", que são pequenos ímanes vendidos em lojas de museus que contêm um QR code. Ao digitalizar o código, os utilizadores podem iniciar uma conversa com figuras históricas através da IA.