Olhares pelo Mundo

Segredos da rainha-faraó Hatchepsut revelados

Equipa de egiptólogos encontrou em Luxor o túmulo da rainha Hatchepsut da XVIII dinastia, trazendo à luz do dia novas pistas sobre as mulheres que desempenharam papéis cruciais no Antigo Egito.

Catarina Solano de Almeida

Inês M. Borges

Arqueólogos descobriram secções intactas do templo da rainha-faraó Hatchepsut e o túmulo da rainha Teti Sheri, no Vale do Reis em Luxor, trazendo novas pistas sobre o Egito Antigo e as mulheres que desempenharam papéis cruciais na sua história.

Mais de 1.500 blocos de pedra decorados foram encontrados perto do templo funerário da rainha Hatchepsut, da XVIII dinastia, uma das poucas mulheres a governar o Egito como faraó. Hatchepsut morreu por volta de 1458 a.C. e o seu templo foi destruído intencionalmente séculos depois. 

O líder da equipa, o arqueólogo Zahi Hawass e antigo ministro das antiguidades que lidera as escavações no local desde 2022., destacou a qualidade das cenas esculpidas nos blocos.

“Esta é a primeira vez que descobrimos 1.500 blocos decorados, as cenas mais bonitas que já vi na minha vida com esta cor”, disse Hawass à Reuters.

Uma placa de calcário encontrada no local tinha o nome do arquiteto Senmut, que supervisionou a construção do templo.

Perto dali, os arqueólogos encontraram o túmulo de Teti Sheri, avó de Ahmés I, o faraó que liderou a expulsão dos hicsos, marcando o início da era dourada do Império Novo do Egito.

O túmulo simples foi esculpido na rocha e estava no fundo de uma capela abobadada de tijolos de barro com desenhos de parede vermelhos pintados sobre uma camada de argamassa branca.

Últimas