Beryl atravessou o Atlântico na noite de domingo em direção às Ilhas do Barlavento nas Caraíbas, onde se espera que traga esta segunda-feora ventos potencialmente fatais e inundações repentinas, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC) dos EUA.
O primeiro furacão da temporada de 2024 foi localizado a cerca de 240 quilómetros a sudeste de Barbados na noite de domingo, com ventos máximos sustentados de 215 quilómetros por hora, informou o NHC.
"Espera-se que o Beryl continue a ser um grande furacão extremamente perigoso à medida que o seu núcleo se move através das Ilhas do Barlavento para o leste das Caraíbas", avançou o NHC em comunicado.
As previsões indicam que o centro do furacão atravesse as Ilhas do Barlavento esta segunda-feira na categoria 4, o segundo nível mais forte em uma escala de cinco etapas, trazendo "danos de vento potencialmente catastróficos" a São Vicente e Granadinas e Granada.
É raro que um grande furacão apareça tão cedo na temporada de furacões no Atlântico, que vai de 1 de junho a 30 de novembro. No domingo, Beryl tornou-se o primeiro furacão de categoria 4 já registado, superando o furacão Dennis, que se tornou de categoria 4 a 8 de julho de 2005, de acordo com os dados do NHC.
Previsão de atividade de furacões acima do normal no Atlântico este ano
Alertas de furacão foram emitidos em Barbados, Santa Lúcia, Ilhas Vicente e Granadinas, Granada e Tobago. Um alerta de tempestade tropical foi emitido para Dominica, Trinidad e partes da República Dominicana e Haiti.
Autoridades e residentes nas ilhas das Caraíbas preparam-se para a chegada da tempestade.
Tobago abriu abrigos, fechou escolas esta segunda-feira e cancelou cirurgias eletivas nos hospitais, disseram as autoridades.
Espera-se que o furacão traga 8 a 15 centímetros de chuva em Barbados e nas Ilhas do Barlavento ao longo do dia de segunda-feira, o que segundo o NHC pode trazer inundações repentinas em áreas vulneráveis.
Ondas grandes e perigosas também deverão atingir as costas sul de Porto Rico e Hispaniola.
Em maio, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA previu uma atividade de furacões acima do normal no Atlântico em 2024, em parte devido às temperaturas quentes do oceano quase recordes.
Com Reuters