Confrontos violentos registaram-se na Suécia quando a polícia tentou dispersar manifestações anti-Islão. O partido de extrema-direita Stram Kurs lançou um apelo para “queimar o Corão”. A iniciativa que visa a proibição do Islão e a expulsão de imigrantes não-europeus lançou a violência e o caos. Os primeiros confrontos ocorreram na quinta-feira, no sul do país.
O movimento anti-Islão é liderado por Rasmus Paludan, dinamarquês que também tem cidadania sueca.
Distúrbios foram registados em várias cidades, incluindo Estocolmo, Norrkoping, Landskrona e Malmo. Os confrontos entre manifestantes, contramanifestantes e polícia causaram pelo menos 40 feridos. As autoridades anunciaram também a detenção de quase 30 pessoas.
O partido xenófobo presente na Dinamarca e na Suécia lançou uma campanha anti-Islão, numa altura em que muçulmanos em todo o mundo assinalam o mês sagrado do Ramadão.
Vários países e organizações árabes e islâmicas condenaram esta segunda-feira as concentrações islamofóbicas na Suécia para “queimar o Corão”, classificando-as como uma “onda de ódio” e uma “provocação”.
A Liga Islâmica Mundial, organização não-governamental (ONG) integrada por 57 países, classificou os apelos à queima do Corão como um “ato absurdo e vergonhoso”.