O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, anunciou esta semana, que o Governo vai transformar cerca de 53 mil alojamentos turísticos ilegais em habitações permanentes para arrendamento, destinados especialmente a jovens e famílias, de acordo com a RTVE.
Sánchez explicou que foram detetadas "milhares de irregularidades" em muitos desses alojamentos turísticos, que, embora tivessem pedido o registo obrigatório desde 1 de julho, não cumpriam os requisitos legais exigidos.
"Detetámos milhares de irregularidades em muitas destas casas que se destinam ao arrendamento para férias e turismo. Por isso, o que vamos fazer é retirar 53 mil casas deste registo para que se tornem arrendamentos permanentes para os jovens e as famílias do nosso país", explicou o primeiro-ministro espanhol.
As cidades mais afetadas por esta medida incluem Barcelona, Sevilha, Marbella, Málaga e Madrid. A maior parte dos apartamentos em questão encontra-se na Andaluzia (16.740), seguida pelas Canárias (8.698) e pela Catalunha (7.729).
O Ministério da Habitação e Agenda Urbana (MIVAU) já notificou 53.876 apartamentos ilegais às plataformas digitais, pedindo a remoção dos anúncios desses imóveis.
Em resposta, a plataforma Airbnb reafirmou o seu "compromisso proativo" em ajudar a garantir que se cumpram rigorosamente as novas normas.
Sánchez sublinhou que, com esta medida, o Governo pretende preservar a função social da habitação e garantir que os apartamentos estejam disponíveis para aqueles que mais necessitam de um lugar para viver, sem que o mercado de arrendamento seja desviado para os alojamentos turísticos ilegais.