A onda de calor que atingiu Espanha no início de agosto foi a mais intensa desde que há registo. Embora ainda existam incêndios no norte do país, o combate tem sido menos difícil devido à descida das temperaturas.
As chamas continuam a ameaçar algumas populações, e os operacionais esforçam-se para travar o avanço do fogo. Galiza e Castela e Leão têm sido as regiões mais afetadas, e o rasto de destruição não para de aumentar.
Entre os dias 3 e 18 de agosto, algumas localidades chegaram a registar 45 graus. Durante esse período, houve registo de mais de 1.100 mortes relacionadas com a onda de calor. A diretora-geral da Proteção Civil espanhola garante que o pior já passou.
Em apenas duas semanas, arderam mais de 350 mil hectares em Espanha
O abrandamento das temperaturas e a redução da intensidade do vento ajudam na contenção dos incêndios, mas a diretora alerta que não se pode "baixar a guarda".
É agora tempo de fazer contas aos estragos e iniciar a recuperação dos territórios afetados. O governo espanhol admite que esse processo pode levar anos.
Espanha tornou-se o país da União Europeia com a maior área ardida: em apenas duas semanas, arderam 400 mil hectares, o maior número registado em quase 20 anos.