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Passageiros processam Delta Air Lines e a United Airlines por venderem lugares "à janela"... sem janela

Passageiros estão a processar a Delta Air Lines e a United Airlines por venderem lugares “à janela” sem vista para o exterior em vários aviões de ambas as companhias aéreas. As ações judiciais abrangem mais de um milhão de passageiros por companhia, com indemnizações que podem atingir milhões de dólares.

Um Boeing 757 da Delta Airlines descola na quinta-feira, 20 de janeiro de 2011, em Tampa, Flórida.
Chris O'Meara / AP

Mariana Jerónimo

Vários passageiros estão a processar as companhias aéreas norte-americanas Delta Air Lines e United Airlines, alegando que pagaram mais por lugares vendidos como "à janela", mas que, na realidade, estavam encostados a paredes interiores das aeronaves, sem qualquer vista para o exterior.

As ações, iniciadas nos tribunais federais de Nova Iorque e São Francisco, abrangem mais de um milhão de passageiros por companhia, com as indemnizações financeiras a chegar aos milhões de dólares, revela a imprensa internacional.

As reclamações dizem respeito aos aviões Boeing 737, Boeing 757 e Airbus A321, com milhares de passageiros a acusarem ambas as companhias aéreas de não sinalizarem os lugares sem janela e, ainda assim, cobrarem extras elevados, que podiam chegar a centenas de dólares.

Alguns destes lugares são colocados junto a tubos de ar condicionado, cabos elétricos ou outros equipamentos, o que impede a instalação das janelas.

Como exemplo, os passageiros referem que outras companhias aéreas, como a American Airlines e a Alaska Airlines, informam previamente, durante a escolha do lugar, quando o assento não tem janela.

Milhões de passageiros terão sido prejudicados

Em declarações ao The New York Times, tal como outros passageiros, Nicholas Meyer acusa a Delta de publicidade enganosa, depois de ter pago por um lugar à janela num voo entre Atlanta e Orange County e ter sido colocado junto a uma parede.

No caso da United, Aviva Copaken e Marc Brenman relatam situações semelhantes. Embora tenham solicitado reembolsos, ambos receberam apenas uma parte do valor pago.

Os advogados acreditam que milhões de passageiros tenham sido prejudicados e pedem que sejam devolvidos os valores pagos a mais, assim como indemnizações adicionais.

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