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UE (também) levanta todas as sanções para apoiar reconstrução da Síria

A UE levantou todas as sanções económicas contra a Síria, de modo a "apoiar o povo sírio na reunificação e reconstrução de uma Síria nova, inclusiva, pluralista e pacífica".

Zohra Bensemra

Lusa

A União Europeia (UE) anunciou esta quarta-feira ter levantado todas as sanções económicas contra a Síria, com exceção das que se baseiam em motivos de segurança, à semelhança do que fizeram os Estados Unidos na semana passada.

Esta ação "visa apoiar o povo sírio na reunificação e reconstrução de uma Síria nova, inclusiva, pluralista e pacífica", referiu o conselho da UE.

O Conselho da UE adiantou ainda que decidiu retirar também 24 entidades da lista de entidades sujeitas ao congelamento de fundos e recursos económicos.

"Várias destas entidades são bancos, incluindo o Banco Central da Síria, e empresas que operam em sectores-chave para a recuperação económica da Síria, enquanto outras são veículos de comunicação e televisão", especificou.

O Departamento do Tesouro norte-americano levantou formalmente as sanções à Síria para, segundo adiantou o Presidente Donald Trump, "dar uma oportunidade de grandeza" às novas autoridades de Damasco, capital do país.

UE apoia "genuinamente a recuperação da Síria"

"Esta decisão é simplesmente a decisão certa a tomar, neste momento histórico, para que a UE apoie genuinamente a recuperação da Síria", afirmou a Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Kaja Kallas.

Desse modo, o Conselho decidiu ainda estar "pronto para introduzir novas medidas restritivas contra os violadores dos direitos humanos e aqueles que alimentam a instabilidade na Síria".

A Síria está sujeita a sanções internacionais desde 1979. Estas foram reforçadas depois de Bashar al-Assad ter reprimido protestos pró-democracia em 2011, desencadeando uma guerra civil.

Desde 2011, a UE e os seus Estados-membros mobilizaram cerca de 37 mil milhões de euros em ajuda humanitária, ao desenvolvimento, à economia e à estabilização da crise síria.

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