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Em retaliação às tarifas de Trump, Europa 'vinga-se' nos ovos, carne e diamantes vindos dos Estados Unidos

Os Estados Unidos aplicarão uma taxa de 104% à China, enquanto a União Europeia prepara-se para votar uma taxa de 25% sobre diversos produtos americanos, incluindo aço e alumínio. Esta medida europeia surge em resposta às tarifas de 20% impostas por Trump a bens europeus. 

Catarina Neves

A guerra das tarifas entre os Estados Unidos e a China deu um novo passo: a administração Trump confirma taxas de 104% a aplicar à China já esta quarta-feira.

Também nesta quarta-feira será votada a primeira fase de tarifas europeias em resposta às taxas norte-americanas. Se forem aprovadas, deverão entrar em vigor no início da próxima semana. Bruxelas propõe aplicar uma taxa de 25% sobre vários produtos importados dos Estados Unidos.

Bruxelas ainda não divulgou a lista completa, mas a nova taxa de 25% deverá incidir sobre produtos como ovos, fio dentário, salsichas, carne de aves e diamantes que venham dos Estados Unidos da América para a Europa. O mesmo se aplica ao aço e ao alumínio.

Assim, os 27 países da União Europeia aprovaram as contramedidas europeias às tarifas de 20% que Donald Trump mandou aplicar a bens europeus.

Esta primeira ronda de tarifas europeias deverá entrar em vigor no início da próxima semana e deverá atingir mais de 21 mil milhões de euros de exportações norte-americanas para os países da União Europeia.

A bebida alcoólica bourbon deverá ficar fora da lista depois de ter sido inicialmente proposta uma taxa de 50%. França e Itália recusaram esse aumento, temendo que Trump atacasse ainda mais os vinhos europeus.

O presidente norte-americano tinha ameaçado aplicar uma contra-tarifa de 200% sobre as bebidas alcoólicas europeias se a União Europeia insistisse no bourbon.

Na próxima semana, a primeira-ministra italiana terá uma reunião com Donald Trump para falar sobre tarifas, de acordo com o gabinete de Giorgia Meloni.

Já para esta quarta-feira, deverá começar a ser aplicada à China a taxa de 104%. Isto depois de a gigante asiática ter anunciado uma tarifa recíproca de 34% sobre os Estados Unidos.

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