Sejam responsáveis pelos portos, pelo setor automóvel, ou produtores de queijo, de vinho e de azeite, na Europa, quem ganha com as exportações para os Estados Unidos tenta manter a calma e defende renegociações imediatas com Washington.
Só do porto de Emden, no norte da Alemanha, são exportados todos os anos 250 mil carros topo de gama para os Estados Unidos. As taxas de Donald Trump fazem temer o pior. A associação industrial alemã pediu já a abertura para renegociar com Washington.
Em França, os produtores de vinho e de queijo ficaram em estado de choque. Os representantes dos setores esperam uma quebra de vendas superior a vinte por cento. Aos produtores de vinho e queijo, juntam-se em Itália os protestos dos olivicultores.
No Reino Unido, onde foram aplicadas apenas taxas de 10%, o setor do chocolate lamenta a decisão da administração Trump, mas espera beneficiar da vantagem britânica sobre os concorrentes europeus, que terão taxas duas a três vezes mais altas.
Vinte e quatro horas depois do anúncio das taxas alfandegárias, os europeus avaliam ainda os impactos das medidas e qual a resposta adequada à decisão de Donald Trump.