A líder da extrema-direita francesa, Marine Le Pen, foi esta segunda-feira condenada pelo Tribunal de Paris a uma pena de "inelegibilidade com execução provisória imediata" por desvio de fundos do Parlamento Europeu pelo seu partido União Nacional.
Com 56 anos, é uma das figuras mais destacadas e controversas da política francesa. Filha de Jean-Marie Le Pen, fundador da Frente Nacional, segue os passos do pai, mas só em 2011 lhe sucede na liderança do partido.
No ano seguinte, e graças ao dinheiro emprestado pela Rússia, candidata-se pela primeira vez às presidenciais francesas e começa a ensaiar o discurso.
A retórica anti-imigração e até xenófoba rende-lhe votos, mas também acusações de extremismo. Le Pen modera o discurso, afasta o partido do passado antissemitas e expulsa o próprio pai por ter repetido essas declarações.
No ano em que chega pela primeira vez à segunda volta das presidenciais, deixa a liderança do partido, mas mantém-se na política ativa para lançar, em 2022, a terceira corrida ao Palácio do Eliseu.
Advogada de profissão, Marine Le Pen foi eurodeputada durante mais de uma década, apesar de ter defendido o Frexit, que acabaria com a saída de França da União Europeia.