O jornalista da revista "The Atlantic" foi adicionado a um grupo de mensagens na aplicação signal, semelhante ao whatsapp, onde estavam as mais altas figuras da segurança nacional do país. Nomes como o do vice-presidente, do secretário da defesa, do chefe da diplomacia é um dos principais conselheiros de Trump.
Falavam sobre o ataque iminente aos Houthis no Iemen, quando seria, que armas iriam ser usadas e até quem seria o alvo.
“Sinceramente a minha reação foi: acho que descobri uma enorme falha de segurança no sistema de segurança nacional dos Estados Unidos”, explica Jeffrey Goldberg, jornalista na "The Atlantic".
Algumas das mensagens foram publicadas, nelas é possível ver como os presentes celebraram o ataque aos Houthis com emojis. É possível ler também que o vice-presidente dos Estados Unidos e o equivalente ao ministro da defesa desprezam totalmente o que antes eram os aliados europeus.
“Muito ressentimento dirigido aos aliados europeus dos EUA, o que me revelou que era um grupo de mensagens oficial, porque os intervenientes pareciam pessoas que conheço e que integram esta administração", diz Jeffrey Goldberg.
A quebra de segurança foi confirmada pela própria Casa Branca, mas apesar disso o Presidente dos Estados Unidos garantiu não saber nada sobre o assunto e o secretário da defesa ainda foi mais longe.
“Estamos a falar de um suposto jornalista desonesto e muito mal visto que se dedicou a publicar boatos vezes sem conta. (…) Ouvi dizer que fui referido. Ninguém enviou mensagens com planos de guerra e é tudo o que tenho a dizer”, afirma Pete Hegseth, secretário da defesa dos EUA.
“Não sei nada sobre isso. Estou a ouvir falar disso agora”, diz Donald Trump.
O que aconteceu é já visto como uma das violações de segurança de maior visibilidade na história militar recente dos Estados Unidos.