A Lituânia, a Estónia e a Letónia já estão ligados à rede elétrica europeia através da Polónia. Os países bálticos, antigos membros da União Soviética, estavam, até agora, ligados à rede elétrica da Rússia.
O anúncio da ligação “com sucesso” dos estados bálticos à rede elétrica europeia foi feito Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda.
"Há alguns momentos, recebi uma ótima notícia. A sincronização do sistema elétrico dos Estados bálticos com o da Europa continental foi concluída com êxito", declarou Nauseda à imprensa em Vílnius, citado pela AFP.
Estão previstas comemorações oficiais nos três países.
A passagem para o sistema europeu já estava prevista há vários anos, mas só avançou agora devido à guerra na Ucrânia.
O primeiro-ministro da Lituânia escreveu, nas redes sociais, que é o "início de uma nova era de independência".
A cerimónia oficial contou com os presidentes dos três países e a presidente da Comissão Europeia em Vilnius, capital da Lituânia. Ursula Von der Leyen diz que a ligação do báltico à rede elétrica europeia é sinónimo de liberdade.
António Costa também já assinalou a passagem destes países para a rede elétrica europeia. No X, o presidente do Conselho Europeu diz que se trata de um marco para a independência energética e para segurança nos bálticos e na União Europeia.
Também o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, diz que é um grande dia para a região e para a Europa como um todo. Felicita a lituânia, Estónia e Letónia e lembra o papel da Pólonia no processo.
Corte de relações com a Rússia
Desde a invasão da Rússia à Ucrânia que os três países deixaram de comprar gás e eletricidade russos, embora as redes elétricas continuassem ligadas à Rússia e à Bielorrússia.
Teme-se possíveis sabotagens nas centrais elétricas. Por isso, foram acionadas forças policiais para vigiarem as infraestruturas de rede elétrica até ao próximo fim de semana.
Nos últimos meses, vários cabos submarinos de telecomunicações e de energia foram danificados no mar Báltico e as suspeitas recaem sobre a Rússia.