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Duplica risco de choque de asteroide com 40 a 90 metros com a Terra

Quase duplicou o risco de impacto de um asteroide, com a Terra, que poderá ocorrer dentro de sete anos. Os cálculos da Agência Espacial Europeia (ESA) e da NASA foram atualizados esta sexta-feira. A Organização das Nações Unidas (ONU) ativou o Protocolo de Segurança Planetária.

Rodrigo Pratas

Jorge Costa

Ainda é cedo para haver medidas exatas, mas estima-se que o asteroide 2024 YR4 tenha entre 40 e 90 metros. Tem sensivelmente o mesmo tamanho do Tunguska que, em 1908, arrasou mais de dois mil quilómetros quadrados de floresta na Sibéria.

Este foi descoberto, em dezembro, por um telescópio no Chile, o que explica o aumento do risco. A probabilidade de impacto - a uma velocidade de 17 quilómetros por segundo - começou por ser inferior a 1% e agora está em 2,3%.

Foram ativados dois grupos de resposta global a asteroides, sob dependência da Organização das Nações Unidas (ONU). Para informar os países e para fomentar mais observações até que o corpo celeste deixe de ser captado pelos telescópios terrestres, no próximo mês de abril.

Espera-se que, nessa altura, o risco de impacto tenha decrescido. Se isso não acontecer, dentro de três anos, o asteroide 2024 YR4 voltará a passar próximo da Terra.

Agora, é muito baixa a probabilidade de impacto num corredor entre o norte da América do Sul, África e Sudeste Asiático. Mas, caso a situação se altere, a NASA tem tecnologia DART, testada com sucesso em 2022. Com uma nave intercetora que poderá alterar a trajetória do corpo celeste e assim salvar o planeta.

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