Joaquim Sande e Silva, especialista em ecologia do fogo, não prevê, para já, a resolução dos incêndios na Califórnia, nos Estados Unidos. Explica que as próximas horas vão ser de preocupação. Seis gigantescos incêndios já destruíram cerca de 1.500 casas e mataram, pelo menos, cinco pessoas.
O especialista em ecologia do fogo diz que as previsões"não são as melhores".Os fogos em curso na Califórnia "vão continuar a propagar-se".
"Para já, não temos uma solução à vista", afirma.
Em entrevista na SIC Notícias, explica que a "prolongada seca" na região da Califórnia nos últimos meses aliada aos "ventos de caráter regional" fazem com "qualquer pequena ignição dê origem a um novo foco de incêndio".
"Estamos no inverno, deveria ter chovido, a erva deveria estar verde. Naquela região não aconteceu", sinaliza.
Joaquim Sande e Silva lembra ainda que "sempre houve fogos" na Califórnia: "Onde há pessoas há ignições".
Seis incêndios de proporções gigantescas
Seis incêndios de proporções gigantescas já destruíram cerca de 1.500 habitações.
Nas últimas horas, um novo incêndio começou em Hollywood Hills, no coração de Los Angeles, onde se localizam alguns dos locais mais icónicos da cidade, como o letreiro de Hollywood.
As autoridades ordenaram aos moradores do bairro histórico de Hollywood que abandonassem as casas.
Já foi declarado o estado de emergência pelo condado de Los Angelese pelo governador da Califórnia.
Nuvens negras de fumo tapam o sol e caem cinzas mesmo em bairros que estão a vários quilómetros das zonas afetadas.
Pelo menos cinco pessoas morreram, na região de Eaton, nas zonas de Altadena e Pasadena, e mais de 100 mil foram obrigadas a fugir de casa em várias zonas de Los Angeles.
As autoridades avisam que o pior pode ainda estar por vir.