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Tensão na Coreia do Sul: destituição do Presidente é votada no sábado, milhares protestaram junto ao Parlamento

O Presidente da Coreia do Sul pode ser destituído do cargo, a qualquer momento. Além de uma moção parlamentar para ser afastado, está a ser alvo de uma investigação policial por rebelião após ter decretado lei marcial no país.

Cristina Neves

A pressão para Yoon Suk Yeol se demitir é crescente e cerco aperta-se nas ruas. Sete em cada 10 sul-coreanos apoiam o afastamento do presidente, depois de ter decretado lei marcial no país.

A polícia sul-coreana abriu uma investigação por rebelião. No Parlamento, a oposição está a pressionar a votação de uma moção de destituição de Yoon Suk Yeol no sábado, ainda que o partido do Presidente tenha dito que votará contra. Para o Presidente sul-coreano cair será necessário o apoio de pelo menos 200 dos 300 deputados da Assembleia e para isso pelo menos oito membros do partido de Yoon Suk Yeol terão que aprovar a moção.

Ao declarar a lei marcial, Yoon Suk Yeol invocou forças anti-estatais. Não há rasto dos alegados apoiantes comunistas da Coreia do Norte, que o Presidente acusou de engendrar um plano para o derrubar.

As ameaças externas parecem ter sido um pretexto para contornar os baixos índices de popularidade e as alegações de corrupção, que também envolvem a primeira-dama. A tentativa de colocar o país sob um regime militar levou alguns deputados a enfrentar as forças de segurança.

A imagem icónica do desafio à lei marcial tornou-se viral. A protagonista, a porta-voz do Partido da Oposição, assegura que não é particularmente corajosa.

A lei marcial foi rejeitada no Parlamento seis horas depois, mas Yoon Suk Yeol não fala publicamente desde que foi obrigado a revogar a declaração. A cabeça que rolou foi a do ministro da Defesa que tentou assumir a responsabilidade num pedido público de desculpas.

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