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Joe Biden explica porque decidiu conceder perdão ao filho Hunter

A pouco mais de um mês de deixar a Casa Branca, Joe Biden, ao contrário do que sempre disse que faria, concedeu um indulto ao filho acusado de crimes como posse de arma e fraude fiscal. É uma decisão que não pode ser revertida por Trump que fala em abuso e erro judicial.

Joana Costa de Sousa

Ao contrário do que sempre disse que faria, Joe Biden, que está de saída da Casa Branca, afinal concedeu um indulto ao filho condenado por posse de arma e ocultação de consumo de drogas às autoridades.

Num comunicado divulgado pela Casa Branca, Joe Biden diz que espera que os norte-americanos compreendam a decisão que tomou como pai e presidente e que apesar de acreditar na justiça assistiu a uma condenação injusta do filho, com base em acusações com motivações políticas argumento que o próprio Hunter Biden já tinha usado.  

“Durante seis anos, fui alvo dos implacáveis ataques de Trump, que perguntava: onde está o Hunter? Bem, aqui está a minha resposta: estou aqui”, disse Hunter Biden, filho de Joe Biden. 

Com o perdão presidencial concedido pelo pai, Hunter Biden não será alvo de uma sentença pelos crimes de que é acusado, eliminando qualquer hipótese de cumprir pena de prisão. Foi considerado culpado por ter mentido quando em 2018 comprou uma arma.

No formulário que preencheu na altura disse não ser dependente de álcool ou drogas, quando estava em recuperação da dependência de cocaína. Também enfrentou acusações por fuga aos impostos. Neste caso deu-se como culpado, poupando mais um julgamento à família. 

As investigações começaram durante o primeiro mandato de Donald Trump, que entretanto já reagiu à decisão. Numa publicação nas redes sociais, fala em abuso da lei e de um erro judicial, questionando também o ainda Presidente dos Estados Unidos se o indulto incluiria os presos acusados de invasão ao Capitólio. 

Hunter Biden também já reagiu: promete não tomar como certa a clemência que lhe foi concedida semanas antes de conhecer as sentenças, esperadas para 12 de dezembro no caso da posse de armas e para 16 de dezembro no caso fiscal e a pouco mais de um mês  do regresso à casa branca de Donald Trump que não poderá reverter esta decisão. 

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